sexta-feira, 28 de novembro de 2014

34ª Semana do Tempo Comum - Lc 21, 29 – 33

“Caelum et terra transibunt; verba autem mea non transibunt.”
(O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão.)

“Olhai a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, basta olhá-las para saber que o verão está perto (v.29)”. É sempre interessante, que Jesus usa muitas vezes de elementos ou fenômenos da natureza para explicar a mensagem que Ele quer passar. Neste caso Ele usa um fenômeno da natureza, em que, pelo efeito ocorrido nas arvores, se chega à conclusão sobre as causas.
 Na vida espiritual também existe um ciclo de estações, e a alma precisa aprender a lidar com este ciclo. E assim relacionamos as estações, a primavera como o momento espiritual em que a oração são frutuosas e prazerosas; o verão é um momento que se relaciona com as sensibilidades espirituais, em que a alma é iluminada pela ciência infusa e acometidas pelas sensibilidades corporais; o outono é o momento em que a alma começa a perder os sentidos, é o momento em que Deus tira o que é supérfluo para restar a essência, a fé; e o inverno é o momento da provação espiritual, onde a alma cai em uma frieza espiritual, é o momento em que a fé é provada, e a alma precisa da virtude da perseverança.
Quando entendemos este ciclo da vida espiritual, passamos a um novo passo, subimos um outro degrau rumo a união divina com Deus. E para subir mais este degrau, Jesus no evangelho de hoje, nos motiva a três coisas: a primeira é dar frutos, a segunda é ficar atento ao Reino de Deus, e a terceira é o verdadeiro valor que tem a Palavra de Deus.
I – Somos chamados a dar frutos, pelo testemunho das obras e de vida, pois são esses que serão responsáveis por nos alimentar quando chegar o inverno, em que o frio espiritual nos impedir de fazer boas obras. Uma alma que não procura se cuidar espiritualmente, e não dá frutos, dificilmente persevera, pois, não guarda o necessário para os tempos de seca. O fruto de vida é condição necessária para a sobrevivência espiritual.
II – Em nossa caminhada rumo à pátria celeste, precisamos estar de olhos atentos aos sinais dos tempos. Como já havíamos meditado anteriormente, quando falamos de um tempo que está próximo, estamos falando do nosso tempo pessoal, que passa rápido, e muitas vezes sem que percebamos. Precisamos estar atentos, para não perdermos as chances de salvação, pois o Reino de Deus está próximo e precisamos não perder as oportunidades que Deus nos dá para nos salvar.
III – “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão (v.33)”. Essa afirmação de Jesus mostra a importância da palavra de Deus na nossa vida, como aquela que guia, purifica, ilumina e inspira o fiel na caminhada. A palavra de Deus é o alimento do peregrino, é ela que guia a alma nas estações da vida espiritual, e quando a alma às estações mais difíceis, e é a Palavra de Deus que lhe dá as respostas para seus questionamentos. Por isso, Jesus diz que as suas palavras não passarão, pois, são palavras eternas, que a todo tempo e em todos os momentos nos guiam e iluminam.
Conclusão:
Queridos irmãos e irmãs, neste evangelho Jesus mostra a importância de saber discernir os sinais dos tempos, e nos dá esses três elementos essenciais para fazer este discernimento. Precisamos ficar atentos a tudo aquilo que está ao nosso redor, para que possamos perceber o momento correto em que Deus pede alguma coisa a cada um de nós. E esse discernimento se adquire, conhecendo-se espiritualmente; tendo uma grande esperança no reino de Deus, para que assim a Palavra de Deus se cumpra em nossa vida.
- Como está o meu auto conhecimento?
- Em que grau está a minha intimidade com a Palavra de Deus?

- Só a Palavra Eterna é capaz de nos mostrar o caminho da eterna vida. 

Seminarista Rafael Augusto

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