A Pixar Animation Studios é uma das maiores empresas de animação digital dos tempos. Seus filmes já faturaram nas bilheterias mais de 8 bilhões de dólares. A Pixar já arrecadou 11 Grammy Awards, 7 Globos de Ouro e 27 Academy Awards. Está achando pouco? O estúdio já estimulou milhares de crianças, ou melhor, milhares de pessoas a desbravar os medos, buscar sonhos, a saberem que sempre existe tempo para mudanças.
Dentre seus 14 filmes já lançados no circuito mundial, separemos os 5 melhores. Não foi uma tarefa fácil, mas de cara já estavam fora da disputa “Carros 2” e “Valente”, os filmes mais fracos do estúdio.
5º lugar- “Procurando Nemo” (2003)
Histórias de pais fazendo de tudo para protegerem seus filhos podem soar clichês, mas no fundo do mar era inédito até Andrew Stanton, diretor de “Procurando Nemo”, aceitar a proposta.
A obra é exuberante, seu visual é magnífico, seus personagens são cativantes e engraçados, tudo culmina em uma fantástica obra no fundo do oceano. E como não citar a inesquecível Dory, com sua curta memória? A personagem nos mostra o amor puro, sem interesse e ainda nos deixa a mensagem para jamais desistirmos, sempre “continuarmos a nadar”.
4º lugar- “Wall-e” (2008)
A Pixar provou que era mestra em fazer animações em seu primeiro filme, “Toy Story”, contudo, ao longo de todos os filmes foi sendo consolidado o seu doutorado. O estúdio conseguiu fazer com que milhares de crianças não tirassem os olhos da tela em um filme quase sem nenhum diálogo. O filme aborda temas delicadíssimos e consegue ótimos resultados em todos eles. O principal tema é uma crítica à sociedade consumista, egoísta, manipulada e sem contato com o outro. A esperança do mundo está nas mãos de um robozinho simpático que busca a todo tempo o bem comum.
A química entre Wall-e e Eva é fantástica e emocionante. Um detalhe interessante é o sentido do nome dado a robozinha, Eva, a mulher de Adão, o primeiro e solitário homem do mundo. Isso faz lembrar alguém?
O diretor, o mesmo de “Procurando Nemo”, usa e abusa muito bem das referências ao mestre Chaplin e à obra máxima de Stanley Kubrick ,“2001:Uma Odisséia no Espaço”. O filme é magnífico e vale a pena ser revisto milhares de vezes.
3º lugar- “Ratatouille” (2007)
Havia a pouco a Dreamworks acabado de lançar o inexpressivo “Shrek Terceiro” nos cinemas e surge a animação exuberante e magnífica, “Ratatouille”, da Pixar. Um rato cozinheiro em busca dos seus sonhos. Não é necessário mais do que isso para saber do que se trata a obra. O filme é deleite visual, seu roteiro foge de todos os maneirismos e clichês, os personagens são carismáticos e de fácil identificação. Somente a Pixar tem o poder de fazer com que o espectador se veja em um rato. Talvez alguns críticos sintam uma certa “alfinetada” durante a exibição da obra, mas o seu porquê aparece quase no final do enredo e se entende perfeitamente a presente crítica.
É difícil encontrar o motivo da paixão por essa obra, talvez seja o mesmo motivo pelo qual Remy ama a culinária. Extremamente prazeroso e recomendado.
2º lugar- “Up – Altas aventuras” (2009)
Frente ao lançamento do trailer de “Up- Altas aventuras” muitos amantes da animação ficaram com uma pulga atrás da orelha: o que a história de um senhor voando em sua casa puxada por balões teria de interessante? Que surpresa não foi ao ver esses mesmos em menos de 10 minutos de filme já com lágrimas nos olhos. O diferencial de “Up” para as outras animações é a emoção transmitida por um simples olhar, um amor tímido, porém escandaloso externamente. No primeiro ato do filme, vemos um amor incondicional, amor de doação, que cresce em meio às dificuldades. O segundo ato nos apresenta a aventura, o sair do comodismo e lutar pelos nossos sonhos, por mais distantes que estes parecem estar. Já no terceiro ato, vemos as consequências da busca pelos sonhos. Mesmo quando não conseguimos realizar os nossos sonhos, pelo menos devemos ter a ousadia de ter tentado. Afinal, o que importa não é a realização, mas sim a jornada.
Apenas uma observação: foi o primeiro filme da Pixar a ser lançado em 3D. O artefato acrescenta na trama, não joga objetos no espectador, pelo contrário, joga o espectador na trama. Absurdamente recomendado!
1º lugar- “Toy Story 3” (2010)
A pré-produção de “Toy Story 3” passou por grandes dificuldades, inclusive a ideia de que a Pixar estaria fora da produção chegou nos ouvidos dos cinéfilos, mas para “o bem geral da nação” essa ideia não procedia.
Depois de 2 ótimos filmes, tudo poderia ter acabado, o roteiro redondo do segundo filme encerrava magistralmente a série, mas felizmente o mentor John Lasseter resolveu fazer o terceiro filme da franquia.
Dentro de cada um de nós existe um Andy. As pessoas com aproximadamente 19 anos nos tempos atuais, cresceram com ele. Os brinquedos sempre foram, ou melhor, sempre serão importantes na vida de toda criança, sejam eles quais for. E “Toy Story” tenta mostrar a visão dos brinquedos sobre seus donos. Mas o que o terceiro filme da trilogia tem de mais? Por mais que seja clichê, é inexplicável comentar o sentimento passado pela obra, o sentimento de desapego, de saudade, de passar para a próxima etapa. A cena do lixão resume toda a mensagem transmitida pela franquia: a fidelidade, a luta pelo bem do outro.
A Pixar merece agradecimentos eternos por ter mostrado ao mundo que vale a pena ser fiel, vale a pena sofrer por um bem maior e no final do filme saímos escondendo nossas lágrimas com um óculos 3D, mas com um sentimento de que os nossos fiéis amigos estão em boas mãos e que agora devemos ir “ao infinito e além”.
E você ainda tem dúvidas do poder da Pixar? Agora é sua vez, monte o seu Top 5 dos filmes da Pixar !
Seminarista Kayo B. Carlos
Nenhum comentário:
Postar um comentário