No homem, é possível perceber duas maneiras de se manifestar o amor: o amor próprio, que é o egoísmo, e a caridade. A caridade é a maior de todas as virtudes, pois quem a tem, ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. O egoísta, por sua vez, ama a si mesmo e suas preferências, desrespeitando qualquer regra para se satisfazer.

Em contrapartida, o egoísta vive para si e para se satisfazer, para honrar-se, orgulhar-se de si mesmo, ou seja, para torna-se o centro do seu próprio universo. Assim, ele cria um fechamento em si, isolando-se de Deus e dos homens. O coração egoísta não sofre pelos outros, porque não os ama. Ele não se preocupa com o sofrimento alheio, mas apenas com os seus próprios sofrimentos e sentimentos; buscando, apenas, satisfazer suas vontades e seus prazeres.
Partindo dessa diferenciação entre caridade e egoísmo, pode-se dizer que o remédio para este seja aquele, isto é, o sair de si e ir ao encontro do outro, já que amor verdadeiro é doação, é encontrar a satisfação no ato de satisfazer o próximo. Para isso, é necessário lutar contra a indiferença, a ingratidão e o ódio; produzindo, por amor a Deus e aos homens, obras de misericórdia, como: instruir, aconselhar, consolar, confortar, perdoar, suportar com paciência, dar de comer a quem tem fome, albergar quem não tem teto, vestir os nus, visitar os doentes e os presos e sepultar os mortos.
Isso é o amor cristão, e sendo cristão também é sobrenatural. Portanto, é necessário contar com a ação da Graça, e pedir a presença do amor de Deus a cada dia para se viver em santidade, até que Ele venha.
Seminarista Leonardo Ferreira
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