quinta-feira, 9 de abril de 2015

A Beleza do Namoro Casto



No namoro começa a se cultivar a vocação ao Sacramento do Matrimônio. Por isso, a castidade é educadora para à dignidade da vida a dois, isto é, uma relação antes e durante o casamento segundo a própria identidade e vocação que possuímos.

Quem somos? Temos uma identidade para além do biológico, ou seja, possuímos uma alma racional. Então toda e qualquer ação (palavras e atos) não se esgota nela mesma, mas vai além do que vemos e sentimos. O que nos diferencia dos demais animais, já que eles realizam suas ações limitadas pelos instintos, e são recompensados ao se satisfazerem. Quanto a nós, não é assim que acontece! 

Além desta identidade natural, temos uma sobrenatural: a vida da graça divina. Somos filhos de Deus, pelo Batismo. Esta realidade eleva nossa dignidade de forma incomparável. 

A Cultura reducionista moderna escraviza-nos aos apetites da carne. Mas se vivermos nossa sexualidade de acordo com a nossa identidade e vocação seremos livres. 

A Castidade é um auxílio para que, na relação no namoro e depois no Matrimônio, não percamos estas dignidades que o Senhor nos concedeu. Ela resgata tal realidade, restaura a mesma quando perdida ou denegrida pelos nossos pecados, nos faz livres para o amor que transcende o apetite carnal.

Em Lc 20, 34-36 encontramos um dos sentidos mais sublimes da castidade no Matrimônio:  "Os filhos deste mundo casam-se e são dados em casamento, mas os que forem considerados dignos do século futuro e da ressurreição dos mortos não se casarão nem serão dados em casamento, e não podem mais morrer, pois são como os anjos. São filhos de Deus, porque são ressuscitados”. Desde o Namoro somos chamados a viver para esta realidade final.

Nossas formações para o Namoro devem passar à contemplação desta sublime vocação à castidade, que não pode cessar depois de casados e, tão pouco, excluí-la na preparação para o Sacramento do Matrimônio. 

A Castidade será força e formação para o casal de namorados. Formação não só para a Vida Matrimonial, mas para a vida plena de comunhão com Deus e Nele com todos os santos e santas.

Leandro Soares, CMVD

Nenhum comentário:

Postar um comentário