sábado, 3 de janeiro de 2015

Uma última vez na Terra Média


Foram 6 filmes que nos levaram a visitar a Terra Média. O universo criado por J.R.R. Tolkien nos fez refletir sobre virtudes que levamos para nossa vida. Amizade, fidelidade, coragem, força de vontade, anseio de um mundo melhor, são apenas alguns pontos que foram lidos ou vistos e que devem ser vivenciados. 

Chegou aos cinemas em dezembro de 2014 o último filme da franquia “O hobbit”, com o subtítulo de “A batalha dos cinco exércitos”, apesar de alguns problemas cinematográficos, o adeus ao Condado é emocionante. 

Quando a Warner divulgou que adaptaria o livro “O hobbit” para as telas e que o diretor seria o mesmo da trilogia “O senhor dos anéis”, Sir Peter Jackson, os fãs foram a loucura. Porém, quando a mesma empresa falou que seriam 3 filmes para um livro de aproximadamente 330 páginas uma pulga ficou atrás de nossas orelhas. 


O primeiro filme da franquia, “Uma jornada inesperada”, foi lançado em 2012 nos cinemas mundiais. O filme tem uma narrativa cansativa, deveras arrastada. Porém os valores deixados por Tolkien ainda estão presentes no longa. São vários, porém o que mais chama a atenção é o chamado de Bilbo Bolseiro, a sua vocação. Como o anjo Gabriel foi até Nossa Senhora e ditou sua missão, Gandalf foi até Bilbo e lhe mostrou qual era o seu dever. Nem no plano da salvação de Deus, nem na história do pequeno Hobbit houve imposição, ninguém foi obrigado a fazer nada.  Maria escolheu na hora realizar o que lhe era pedido, não titubeou. Já Bilbo, ficou com medo, perguntou ao mago se ele iria voltar, falou que estava muito bem no Condado, não queria sair de sua comodidade. Mas uma voz em sua cabeça o fez seguir a missão. Será que não existe um pouco do Sr. Bolseiro em cada um de nós? 

  
O segundo filme, “A desolação de Smaug”, chegou aos cinemas em 2013. Por ser o filme do “meio”, um filme de transição entre o início e o fim, como quase em todos os casos é o mais cansativo, é o mais prático e longo. Claro, quando vemos Smaug em tela, esquecemos todos os problemas, só queremos apreciar os belos diálogos entre o ameaçador dragão e o nosso hobbit “ladrão”. Sem contar que o filme tem uma das cenas mais divertidas da franquia, a cena da fuga dos barris. Como em “O senhor dos anéis”, a ganância, a sede de poder também é vista nessa franquia, principalmente em Thorin Escudo de Carvalho e em Smaug, o Terrível. O poder sobe na cabeça do líder dos anãos e o que importa para ele é fazer a sua vontade, ignorando o outro, esquecendo o próximo, deixando de lado o que Deus nos pede. E o dragão Smaug que não quer de jeito nenhum ceder, que tenta a todo tempo ser mais do que os outros. A sede de destruição do insano animal é grandiosa, tanto que tirou a montanha dos anões para ter o ouro. Será que as vezes não agimos assim, deixando o outro de lado, sendo egoístas, pensando somente em nós? 


O último filme da franquia, “A batalha dos cinco exércitos”, chegou aos cinemas em dezembro de 2015. A conclusão épica tão aguardada é repleta de altos e baixos, mas é satisfatória. A batalha prometida de 40 minutos está muito empolgante, com direito a uma peripécia (desnecessária) de Legolas. O diálogo final entre Bilbo e Thorin é emocionante ao extremo, a atuação de Martin Freeman e Richard Armitage está soberba. O que mais atrapalha a projeção é um triângulo amoroso inútil para a trama. Este filme é repleto de valores, o que mais se destaca é a ousadia de Bilbo. O hobbit é uma forma de “mediador “ nessa batalha, ele que de certa forma resolve tudo. Um ser tão pequeno, frágil, pecador através da graça consegue salvar a todos. E na missão de Bilbo vemos que o pequenino teve que fazer vários sacrifícios, nos lembrando até a frase emblemática de Aragorn: “Não existe vitória sem renúncia.” Será que nós, seres tão pequenos, frágeis, pecadores também não temos essa capacidade? Deus nos coloca na batalha, nos dá uma espada com uma capacidade melhor do que alertar quando está por vir um orc, agora é a hora de lutar, a luta fica por nossa conta. 

A última cena do filme é bela, ver Bilbo retornando ao Condado com a felicidade no coração por ter realizado com toda força, por ter dado o seu melhor na sua missão. Quando a trilha sonora surge ,por uma incrível coincidência, lágrimas também aparecem.


Termino com uma frase de Elrond para Aragorn em “O senhor dos anéis”: “Torna-se quem você nasceu para ser.”


E aí, o que você achou da saga? Quais são os pontos positivos ou negativos?  Estamos esperando sua opinião! 

Seminarista Kayo Baptista

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