sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Nossa Senhora de Guadalupe: Estrela da Nova Evangelização


No dia 9 de dezembro de 1531, em uma madrugada de sábado, na colina do Tepeyac, perto da Cidade do México, o índio Juan Diego que se preparava para o batismo, saia de casa para participar da Santa Missa na Igreja de Santiago, quando foi surpreendido por belos cânticos de aves. O piedoso índio volta seu olhar para o alto e fixa os olhos no local de onde parecia vir as belas melodias. Percebera, então, que havia uma radiosa luz, e que dessa luz, vinha uma voz serena e bela, que o chamava pelo nome. Juan Diego imediatamente subiu para ver quem o chamava, e viu que se tratava de uma bela donzela coberta por um vestido, resplandecente como o sol, e que tinha o fulgurar das mais belas pedras preciosas.

O índio caiu de joelhos diante da donzela e ouviu, atentamente, suas palavras maternas: “Meu filho querido, a quem tanto amo. Para onde estás indo?” “Vou para a Igreja participar da Santa Missa’ – respondeu o índio. A Senhora novamente olhando com serenidade disse: “Amado filho, Eu sou a perfeita e sempre Virgem Maria, Mãe do Verdadeiro Deus, o Criador de tudo, o Deus feito homem. É desejo meu que aqui seja erguida uma igreja. Como tua Mãe, farei que a ti e a todos os homens seja sentida minha clemência e amor, pois Eu sou tua Mãe. Vá a cidade e fales isso ao Bispo para que a construção aconteça aqui. Diga ao Bispo que sou Eu quem te envio. Tu serás abençoado por isso, irei glorificar-te e enriquecerei de graças tua vida. Agora vá e faz o que te cabe”.

Juan Diego, ainda ajoelhado, prometeu executar o pedido feito pela Mãe de Deus. Foi em direção à cidade e buscou no Palácio o senhor Bispo, Dom Frei João de Sumárraga. Depois de muito esperar, conseguiu falar com o Bispo e lhe contou o que a Virgem lhe havia dito. Dom João, ouviu com prudência e admiração as palavras comovidas do piedoso índio, mas questionou-se sobre a veracidade daquele relato, pedindo que o índio retornasse em uma outra ocasião para com calma verificar o acontecido.

O índio encheu-se de tristeza, tinha certeza de que o Bispo não lhe dera crédito algum e que sua missão havia sido fracassada. Saiu, então, dos aposentos do Bispo e rapidamente dirigiu-se para o topo da colina para ver a Rainha dos céus. E lá estava ela aguardando sua chegada.

Diante da Virgem, colocou-se de joelhos, novamente, e lhe contou o que havia ocorrido, suplicando-lhe que enviasse um nobre, alguém importante para realizar um novo diálogo com o Bispo, mas a Virgem novamente encarrega-o de voltar e falar mais uma vez. Juan retorna ao Palácio e, entre lágrimas, clama a construção da Igreja. Mesmo crendo, dessa vez, na sinceridade das palavras do índio, o Bispo pede que lhe seja dado um sinal, para comprovar que a mulher da colina é, de fato, a Mãe do Deus feito homem.

Juan Diego foi ter com a Santíssima Virgem que lhe dissera: “Voltes aqui amanhã para levar ao Bispo o sinal que ele lhe pediu. Ele acreditará em ti. Meu filhinho, saiba que Eu que sou tua Mãe, te pagarei as tuas aflições e cansaço que tens por minha causa. Vai agora, pois amanhã estarei aqui te esperando”.

No dia seguinte, Juan não voltou, pois seu tio estava gravemente enfermo, e Juan estava assistindo o pobre homem. Seu tio lhe pedira que fosse até a cidade buscar um padre para que pudesse se confessar. O índio, atendendo o desejo do tio, sai de casa ainda de madrugada e contempla a figura de Nossa Senhora que o esperava para lhe consolar: “Por que te afliges, não estou Eu aqui? Eu que sou tua Mãe”? E assim a Senhora o alegrara com a notícia da cura do tio.

A Virgem pediu que Juan subisse ao topo da colina para lá encontrar o sinal que deveria ser levado ao Bispo. E naquele lugar árido, Juan surpreendera-se ao encontrar rosas louçãs e perfumadas que ali jamais nasceriam, ainda mais porque era inverno. A Senhora mandou que ele colhesse o maior número de rosas, possível, e as levasse em seu manto para o Bispo, com a seguinte mensagem: “Nessas rosas ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu mensageiro e merece minha confiança. Somente na presença do Bispo deve abrir esse manto”.

Chegando ao Palácio do Bispo, o índio fez o que a Virgem mandara. Abrindo o manto na presença do religioso e das outras pessoas presentes, definitivamente fora compreendida a vontade da Mãe de Deus, pois além das rosas, apareceu estampado no manto, a imagem da Rainha dos Céus. Todos se ajoelharam, admirados, diante do milagre. O Bispo logo mandou que se erguesse a Igreja como Maria Santíssima desejava.

A própria Virgem quis ser chamada de A perfeita Virgem Santa Maria de Guadalupe, e toda a cidade aderiu à devoção. Logo, a devoção por Maria cresceu e se espalhou pelo mundo inteiro, pois ela derramava copiosas bênçãos a todos que a Ela recorriam. 

Sua a imagem foi solenemente coroada no ano de 1895 e no pontificado de São João Paulo II, o pontífice dá um novo título à Senhora, chamando-a de Estrela da Primeira e da Nova Evangelização. 
A Virgem Santíssima, Mãe de Deus e nossa, faz nossa caminhada terrena suave e feliz, pois ampara-nos e ajuda-nos, sempre, levando-nos à presença de seu Filho!

Ó Virgem de Guadalupe contempla esta messe imensa, e intercede para que o Senhor infunda fome de santidade em todo o povo de Deus e lhe outorgue abundantes vocações de sacerdotes e religiosos, fortes na fé e zelosos dispensadores dos mistérios de Deus.
(Palavras dirigidas à Nossa Senhora de Guadalupe por São João Paulo II em janeiro de 1979).


Seminarista Jovane

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