quarta-feira, 26 de novembro de 2014

34ª Semana do Tempo Comum - Lc 21, 12 – 19

“Dabo vobis os et sapientiam, cui non poterunt resistere e contradicere omnes adversarii vestri.”
(Vos darei palavras tão acertadas que nenhum dos inimigos poderá resistir ou rebater.)

Um atleta para alcançar o seu objetivo de ser vitorioso precisa trabalhar muito em seu preparo, um preparo físico e outro espiritual, pois aquele que só cuida do corpo, e não possui a esperança de alcançar o objetivo, dificilmente vencerá os seus oponentes e a si mesmo. No evangelho de hoje, Jesus vem mostrar essa realidade e vai nos dizer no ultimo versículo: “É pela vossa perseverança que conseguireis salvar a vossa vida! (v.19)”

São Paulo vai usar a imagem do atleta, para associar a vocação do cristão, que também precisa se preparar, se superar e perseverar, pois, não importa onde chegamos, o que importa é prosseguir decididamente, rumo a meta final, onde seremos coroados com a coroa da vitória. E nesta competição, temos dois oponentes, o primeiro somos nós mesmos e o segundo é o demônio que tentará a todo momento nos fazer desistir. Com isso, Jesus vem nos trazer o grande campo de treinamento, o mundo, com as suas próprias adversidades. O grande Mestre trará alguns desafios a serem superados, que são: a prisão e perseguição (v.12), o chamado a dar testemunho (v.13), o auxilio divino nas palavras (v.14). Esses predições acompanhará aqueles que permanecerem fieis ao Senhor.

I – Quando Jesus fala de prisões e perseguições, não quer dizer que essas acontecerão de forma explicita, mas as piores perseguições são aquelas que permanecem veladas, e nos obrigam a lutar sem mesmo ver o nosso inimigo. Como já dizemos, nossos grandes oponentes são nós mesmos e o demônio, e por isso, precisamos ter forças para que não nos aprisionemos em nossos próprios medos. Pois, muitas vezes, por não superar as nossas dificuldades, nós passamos a fugir delas e essas começam a perseguir a nossa consciência e muitas vezes nos escravizando. O demônio pode sugestionar muitas coisas em nossa imaginação, mas o seu grande trabalho é abrir portas de fuga para os nossos medos, e ele vai nos levando lentamente para o seu cárcere.

II – “Será uma ocasião para dardes testemunho (v.13)”. Essas palavras de Jesus são um chamado a uma vivência plena da fé, pois, somente alguém que possui uma fé firme tem forças para transformar a fé em atos. E assim como o atleta precisa dar testemunho de que está preparado, nós também precisamos dar este testemunho de fé viva em Jesus Cristo. Pois, é na tribulação que somos chamados a mostrar quem realmente dá sentido a nossa vida, em quem colocamos nossa fé. É na angustia que podemos mostrar que não somos desta terra, que como estrangeiros peregrinamos rumo à verdadeira vida, a eterna.

III – Jesus promete àqueles que se configuram a ele pelo batismo, o teu Espírito Santo, para que na hora da necessidade não precisais temer, pois, o Espírito de Deus virá colocar palavras sabias para que a sabedoria do mundo não nos desvie do verdadeiro caminho. Esta promessa de Jesus nos dá a segurança e nos mostra que é ele que está no controle, e é nele que devemos colocar toda nossa fé e confiança. Visto que, nós somos apenas falhos instrumentos, e precisamos ser dóceis para o Espírito de Deus se manifeste em nós.

Conclusão:

Queridos irmãos e irmãs, temos que ter confiança que “nem um só fio de cabelo cairá da vossa cabeça (v.18)” sem que o Senhor permita. Todo o evangelho nos conduz à fé e a esperança, que faz brotar em nós a perseverança que nos salva. Por isso precisamos necessariamente dar testemunho de Cristo, pois, é mostrando na vida a fé, que podemos receber a coroa final da vitória, certos de que lutamos segundo as regras. E assim, escutaremos as palavras acertadas de Jesus: “Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! (Mt 25, 34)”

- Como enfrento as tribulações? Com desespero ou esperança?
- Meu testemunho está sendo instrumento de fé e esperança para o mundo? 
- As tribulações são as melhores oportunidades de mostrar a fé e o amor que temos a Deus.

Seminarista Rafael Augusto

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