“Quia vidua haec pauper, plus quam
omnes misit.”
(Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros.)
(Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros.)
Toda mensagem do
evangelho passa pela dinâmica da oferta. E neste evangelho não é diferente, uma
vez que aquela viúva deu tudo que tinha. A viúva além de ser uma prefiguração
daquele que iria dar tudo por cada um de nós, ela também é a imagem do fiel
cristão, que a exemplo de Cristo é chamado a dar tudo para ter o Tudo. Todo
cristão é chamado a ser generoso com Deus e com o próximo, a buscar uma unidade
que é expressada pela caridade, uma união de corpo e alma, para que a Fé vida no coração, possa ser refletida
na Vida.
"Ao
levantar os olhos, Jesus viu pessoas ricas depositando ofertas no cofre.(v.1)” E cofre é imagem do cofre celeste,
onde é guardado todas as riquezas de nossas boas obras. Mas, esse cofre só pode
ser enchido com a virtude da
generosidade. E assim, vemos na cena do evangelho a conclusão somatória que
Jesus chega ao final: “Em verdade vos
digo: esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Pois todos eles
depositaram como oferta parte do que tinham de sobra, mas ela, da sua pobreza,
ofereceu tudo que tinha para viver (v.3-4)”. Pois, o resultado final não é
contabilizado pela quantidade que demos do que nos sobra, mas, sim, pela
proporcionalidade de tudo aquilo que temos.
Com isso, encontramos estes elementos, que são muito presentes em nosso
cotidiano e em nossa vida: A viúva, as
Duas Moedas e os Homens Ricos.
I
– A viúva é a
imagem de todo cristão, que é chamado a dar tudo que tem, mas, este tudo não é
e nem está relacionado somente às coisas materiais. O tudo para cada um de nós,
é aquilo que de mais tem valor para nós. Só uma coisa é tão valiosa ao extremo,
que é a vida. Quando a viúva deposita aquelas duas moedas, ela está depositando
aquilo que é a sua segurança. E assim, ela está depositando toda a sua
segurança nas mãos do Senhor, e consequentemente aumentando o seu tesouro no
céu.
II
– As duas moedas
são a imagem do grande tesouro que recebemos um dia, a própria vida. E são duas
moedas; e essa duplicidade em uma única oferta reflete a nossa realidade
existencial, de corpo e alma. Essa oferta de corpo e alma, reflete também uma
grande realidade, que remete a própria figura da viúva, que faz com que a fé que está depositada em sua alma, seja
exteriorizada pelas obras de seu
corpo. Esse é nosso grande chamado, de fazer com que as nossas obras reflitam àquilo que cremos.
III
– Os homens ricos
são imagem daqueles que não possuem a virtude
da generosidade, pois, esses só dão aquilo que lhes sobra. Não confiam em
Deus, mas só cumprem o preceito. Por uma consciência legalista, dão a oferta
simplesmente por terem que dar, mas, não por quererem dar. Com isso, vê-se que
esses ricos possuem um grande pecado, que é a sua avareza. Pois, são incapazes
de dividir aquilo que também lhes faltam, e só dão o resto que lhes sobra, as
migalhas que da boca caem ao chão. Esses homens ricos, ofertam as obras, mas não ofertam a fé do verdadeiro louvor de unidade e
amor, para com Deus e o próximo.
Conclusão:
Queridos irmãos e
irmãs, o evangelho de hoje nos mostra uma grande lição pela figura da viúva,
que mesmo não tendo o suficiente para viver, ela dá tudo aquilo que tem. Ela
não deu o resto, mas deu o que tinha de melhor, e não era as duas moedas, mas
sim a sua fé e confiança em Deus. Portanto, devemos ser generosos também, como
essa viúva, para assim buscar com os nossos dons, suprir as necessidades do
nosso próximo. Pois, o homem apegado dá a Deus o que lhe sobra, mas, a alma
fiel, com generosidade dá a Deus tudo aquilo que tem, para receber em troca o
Tudo de sua vida, o próprio Deus.
- Como está minha generosidade para
com Deus e para com meu próximo?
-
“O que me sobra não é meu!” Logo, o que me sobra não é digno de ser ofertado a
Deus.
Seminarista Rafael Augusto
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