Uma vez conversando com alguns amigos sobre suas vidas, perguntava-lhes: se considerarmos extraordinários os momentos marcantes, importantes, impactantes, os momentos que nos marcam pela grande alegria e ou pela tristeza, quais são os que vocês lembram? Depois de um estante em silencio, assim me responderam: acredito que o meu batismo, pois foi o dia em que me tornei filho de Deus, outro momento foi num falecimento de um parente ou de um amigo muito amado. Talvez, em minha formatura, em meu casamento ou quando comprei minha casa própria.
O momento extraordinário em minha vida foi quando consegui o meu primeiro emprego, foi quando fui curado por uma doença que me trazia muitos males. Foi quando venci meus vícios, que me trazia tantas tristezas, mas hoje sou livre... no nascimento dos meus filhos. Extraordinário foi o dia que conheci a mulher de minha vida e vivemos juntos um namoro santo.
Diante desses e de tantos momentos extraordinários que pude ouvir naquele dia, pude compreender uma coisa que pra mim se tornou sublime e necessário para entender o chamado pelo qual estou discernindo. O que é extraordinário para o povo de Deus, é ordinário para o sacerdote. Pois compreendi que o padre se encontra diante dessas e de tantas outras realidades em seu cotidiano. Onde se encontra pessoas com dor e solidão por uma perda de alguém muito amado, lá encontra Cristo por meio do sacerdote, para consolar e clarear novamente a vida e assim permanecer a esperança nos corações dos que sofrem.
Diante de uma alegria de um nascimento de um filho, num batismo, num início de um namoro santo e em sua permanecia, num casamento e na formação de uma família, lá está o padre. Na formatura, no emprego conquistado, na compra de uma casa, no aniversário de 15 anos e em tantos momentos extraordinários, inesquecíveis lá está o outro Cristo, ou seja, o padre.
Para o padre é sublime cada instante de sua existência, não só e simplesmente se encontrar nos momentos extraordinários da vida de terceiros, mas por ser outro Cristo, na alegria e na tristeza, no consolo ou no gozo. Deus escolheu o padre para participar da sua glória, honra, força e eternidade. E é por meio do padre que a humanidade participa da mesma glória, honra, força e eternidade, porque é dele, do sacerdote, que os sacramentos são distribuídos a toda humanidade.
O Sacerdote ao se consagrar ao Senhor abandona casa, pai, mãe, filhos, esposa, os bens do mundo. Para encontrar em Cristo seu consolo, seu abrigo, sua alegria, seus momentos extraordinários. Com tantos questionamentos e buscas que a humanidade faz para obter a felicidade, o sacerdote, junto a humanidade, mas de maneira distinta, encontra uma única resposta, que não o deixa só, não desampara, que não o gera tristeza, mas o realiza a cada instante, tudo se resume em Nosso Senhor Jesus Cristo. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo por tamanha graça que é o Sacerdócio ministerial da Igreja de Jesus Cristo, que é Católica Apostólica.
Leonardo Ferreira, Seminarista
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