Frozen - Uma aventura Congelante
“O
amor é como um laço de ouro que une os corações de quem ama e de quem é amado.”
(Santo Afonso Maria de Ligório)
No dia 3 de janeiro de
2014 chegava nas telas a mais nova animação dos Estúdios Disney: “Frozen – Uma
aventura congelante”. Assisti o trailer uns 3 meses antes do lançamento do
filme e não me encantou a interação entre um boneco de neve e um alce, parecia
ser um filme bobo e infantil. PURO ENGANO!
A caçula Anna (Kristen
Bell/Gabi Porto) adora sua irmã Elsa (Idina Menzel/Taryn Szpilman), mas um
acidente envolvendo os poderes especiais da mais velha, durante a infância, fez
com que os pais as mantivessem afastadas. Após a morte deles, as duas cresceram
isoladas no castelo da família, até o dia em que Elsa deveria assumir o reinado
de Arendell. Com o reencontro das duas, um novo acidente acontece e ela decide
partir para sempre e se isolar do mundo, deixando todos para trás e provocando
o congelamento do reino. É quando Anna decide se aventurar pelas montanhas de
gelo para encontrar a irmã e acabar com o frio. (Fonte: Adoro Cinema)
O amor cristão presente
no filme é belo e nos leva a pensar no céu e buscá-lo. Separamos 3 pontos,
dentre os vários, que nos fazem pensar no quão belo é o amor.
ATENÇÃO: O TEXTO
APRESENTA SPOILERS.
3- Relacionamento de Anna
e Hans
Podendo até ser uma sátira com os
filmes-princesas da Disney temos o relacionamento entre Anna e Hans. Depois de
ficar muito tempo presa dentro do castelo, sem ter contato com o mundo
exterior, o sonho de Anna é encontrar o seu “príncipe encantado” o mais rápido
possível. Muitas vezes em nossas vidas ficamos tão desesperados em busca de
algo de suma importância em nossas vidas e acabamos fazendo besteira, nos
comprometendo e até mesmo quem está a nossa volta. Anna cai nos galanteios de
Hans logo ao conhecer e depois de um número musical encantador e grudento o
jovem a pede em casamento, eis o motivo da revolta de Elsa, irmã de Anna. No
ato final do filme, vemos que esse amor é interesseiro, egoísta, buscando
apenas o prazer de Hanns. Não sejamos apressados, o tempo de Deus é diferente
do nosso, devemos deixar acontecer conforme os desígnios de Deus: “Tudo tem o
seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” (Ecl
3,1)
2- O amor oblativo pelo
bem maior
Quando criança, Anna se divertia com os
poderes de Elsa, até que um dia em uma dessas brincadeiras Anna foi atingida
gravemente no coração e precisou ser levada até os trolls, que a ajudaram.
Porém Elsa e Anna deveriam deixar de se ver, já que na memória de Anna foi
“apagado” o conhecimento dos poderes da irmã. Elsa sofre muito com tudo que
acontece, porém sabe que é para um bem maior. Quantas vezes isso acontece nas
nossas vidas. Devemos nos sacrificar por um bem maior, pelo bem do outro. O
amor de Jesus é um amor sacrificial, sofreu a morte na Cruz por nós, se fez um
sacrifício vivo para nos redimir, para um bem maior
1- A doação do amor
Amar é se doar e Olaf é
capaz de se derreter para ajudar quem ele ama. Não adianta pregar sobre amor,
usar belas frases prontas, é necessário colocar em prática e o boneco de neve
que gosta de abraços quentinhos faz muito bem, seguindo o conselho de São
Francisco de Assis: “Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário use
palavras.” Olaf é a motivação de Anna, é
o mais puro amor, podemos ver isso claramente no modo como ele encara certos
problemas. Amar é se desgastar pelo outro, é doar tudo que somos para o bem do
outro, é fazer do sorriso do próximo o nosso sorriso. Por mais difícil que seja
amar, vale muito a pena. O combustível da locomotiva da vida é o amor. Não
tenhamos medo de amar.
O filme ainda apresenta
várias outras questões sobre o amor e ainda se utiliza muito bem do famoso ato
de amor verdadeiro. Se ainda não viu CORRA e se já viu veja de novo e se
encante novamente na beleza do amor. Termino com a frase que Olaf diz para Anna
no momento clímax e que resume toda a pretensão do filme: “Amor verdadeiro é
quando uma pessoa coloca as necessidades de outra pessoa acima de suas próprias
necessidades”.
Seminarista Kayo
B. Carlos
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