O homem é uma criatura especial e distinta das outras criaturas visíveis. Dentre essas só o homem pode conhecer e amar. Capacidade tamanha foi concedida por seu Criador e não por méritos próprios do homem, mas por bondade divina.
Além da intima presença de Deus, o homem possuía o paraíso com todos os seus benefícios e para assim permanecer, bastava ao homem escolher, obedecer uma única ordem de Deus: não comer do fruto árvore do conhecimento do bem e do mal e não comer do fruto da árvore da vida (cf. Gn 2, 9.16-17). Deus com sua bondade deu ao homem liberdade, para escolher em obedece-lo ou não. O homem foi criado para a bem-aventurança e para nela permanecer, se assim escolher.
Contudo, o homem livre, escolheu-se a si mesmo, como os anjos outrora o fizeram. Com a escolha do primeiro homem, Adão, todos os que o sucederam tornaram-se herdeiros do pecado de Adão, perderam a presença graciosa de Deus, perderam a intimidade com seu Criador, foram expulsos do Éden; tomaram parte no sofrimento humano, vislumbraram a morte, sofreram as dores da enfermidade, escravizaram-se no pecado.
O homem busca soluções para sua angustia interior, deseja repostas para a sua vida, respostas que sejam satisfatórias. O homem tem sede da Verdade, tem sede de Deus. Mas muitas vezes, essa sede é transmitida para o homem como sede de felicidade, de plenitude. Com isso, o homem deseja em sua vida ser feliz, satisfazer-se.
Diante de suas limitações e dos seus conhecimentos essas buscas se resumem no hedonismo, a busca do prazer desordenada, no materialismo, aspirar somente os bens criados e ou desenvolvidos pelo homem e assim, esquecer de Deus, no narcisismo e em evitar a dor e o sofrimento. E isso, ainda hoje, em plena pós-modernidade!
O homem depara-se hoje com essas mesmas buscas, pois está, cada vez mais, autônomo e aquém de seu Criador. Parece que não temos mais Deus. Porque a meta do homem pós-moderno é a independência de Deus, da sociedade e do outro, restando somente a si mesmo, que é o individualismo. Como pode-se entender, os pecados dos homens se assemelham aos erros das criaturas angélicas. Nos próximos textos serão tratados a soberba, o egoísmo e o hedonismo, que são ações constantes na existência do homem pós-moderno.
Seminarista Leonardo
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