A vida da Igreja é marcada por tempos fortes de preparação para grandes mistérios da Fé. Assim, a Quaresma que vivemos nos prepara para a Páscoa do Senhor e nossa também. Até o tempo é redimido por Cristo na Igreja, e passa a ser o lugar de santificação e de preparação para a Eternidade.
O tempo do Namoro também precisa ser resgatado urgentemente, como o da espera do Sacramento do Matrimônio, isto é, como uma graça vocacional. Por isso, não cabe o termo “ficar”, ou “se aventurar”. Namorar é se preparar para o Matrimônio. A escolha deve partir de uma escuta de Deus, ainda que, por diversos motivos, ela não deu certo! Não quer dizer que você fracassou no relacionamento, mas sim que Deus vai reorientar sua escolha.
O mundo moderno assumiu a concepção materialista, excluindo do Namoro a dimensão vocacional, transcendental, tirando dele o sentindo último, isto é, o tempo de preparação para receber um Sacramento de Serviço: o Matrimônio. Nos 50 tons de Cinza, por exemplo, está presente sob a forma do prazer rebaixado à Dominação (Sadismo, Masoquismo e Fetiche), escravizando a si mesmo à mentira de que somos livres para fazer o que queremos, como por exemplo, seguir, irracionalmente, meus desejos e paixões.
Não se pode santificar o Tempo do Namoro sem a dimensão da graça vocacional. Veja bem: ambos, namorado e namorada, dirão um sim definitivo ao projeto de Deus ao receberem a graça da Vocação ao Matrimônio. Ao assumirem a graça de um chamado os namorados estarão dispostos a tornar o encontro entre eles um sinal de Salvação de Deus para os jovens, o que se torna escândalo para a mentalidade moderna materialista e reducionista.
Ao assumirem esta graça vocacional eles resgatarão valores como castidade, fidelidade, convivência sadia com outros casais de amigos, transparência, respeito, mais diálogo e oração e menos carícias, desejarão o matrimônio como lugar da plena realização do projeto de Deus e entenderão que o namoro é tempo de espera.
Leandro Soares, CMVD.
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